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terça-feira, maio 16, 2023

 

ELAS

(Segunda parte)

Essa é a segunda parte da postagem envolvendo mulheres que tiveram destaque no mundo televisivo de antanho. Refira-se à primeira parte para maiores informações.

 

1) NEIDE APARECIDA

Neide Aparecida da Silva exerceu várias atividades, mas ficou conhecida como garota-propaganda desde que estreou na TV Tupi, em 1951, aos 14 anos de idade. Durante anos ficou sendo a garota-propaganda das lojas Tonelux, e terminava sua locução sempre estalando os dedos enquanto falava pausadamente TO-NE-LUX. Anos depois, foi garota-propaganda das Perucas Lady, e terminava sua fala com "Perucas Lady, tá?". Na minha memória, foi apresentadora do Teatrinho Trol, mas a Internet não registra isso. Não sei se falha da rede ou se minha memória está me enganando.


 

2) CÉLIA BIAR

Célia Rafaela Martins Biar iniciou na vida artística em 1947 e dois anos depois participou de várias comédias sofisticadas, pelo Teatro Brasileiro de Comédia. Estreou na TV na década de 1960, apresentando vários programas: Sempre Mulher, Oh! Que Delícia de Show, Quem é Quem? e Sessão das Dez, um programa de filmes da TV Globo, no qual Célia sempre aparecia com uma longa piteira na mão e acariciando no colo um gato angorá, o Zé Roberto. Participou de várias novelas.

Célia adorava fumar e acabou morrendo de câncer no pulmão.


 

3) MÁRCIA DE WINDSOR

Márcia Couto Barreto iniciou a carreira como vedete no show de reabertura do Hotel Copacabana Palace, em 1958, ao lado de Elizeth Cardoso e Consuelo Leandro. O "Windsor" do seu nome artístico foi sugestão do Stanislaw Ponte Preta, que disse lembrar ela a Duquesa de Windsor.

Ficou nacionalmente conhecida como jurada nos programas de Flávio Cavalcanti e Sílvio Santos, mas trabalhou também em 15 novelas.

Era uma belíssima mulher.


 

4) TIA GLADYS

Gladys Mesquita Ribeiro era decoradora e programadora visual, mas decidiu ir para a TV, onde acabou fazendo o programa Gladys e Seus Bichinhos, na TV Tupi do Rio de Janeiro, em 1955. No programa ela contava uma história e concomitantemente ia desenhando bichinhos num quadro, dando uma aula de desenho artístico. Criou assim vários personagens: a formiguinha Gida, a gatinha Clarinha, a peixinha Marci, a abelhinha Domi, a cachorrinha Lelete e o sapo Godô, o mais conhecido de todos. Tia Gladys, como era chamada, era um ídolo para a garotada de então. Mesmo após o fim do programa, escreveu 38 livros e gravou 20 discos de histórias.


 

5) HEBE CAMARGO

Hebe Maria Monteiro de Carvalho Ravagnani é considerada a Rainha da Televisão Brasileira. Iniciou sua carreira de cantora na década de 1940, na Rádio Tupi. Foi convidada por Assis Chateaubriand para participar da primeira transmissão ao vivo da TV brasileira a cargo da TV Tupi. Em 1964 afastou-se para ter filho, retornando em abril de 1966 com o programa Hebe, que ficou no ar por mais de 40 anos, passando por várias emissoras.

Seu currículo é extensíssimo. Impossivel até mesmo resumi-lo aqui.


 

6) ÍRIS LETTIERI

Íris Lettieri Costa começou a carreira no fim dos anos 1950, como locutora de telejornais, na TV Tupi do Rio e posteriormente na TV Manchete. Na década de 1970 os anúncios em vários aeroportos no Brasil passaram a ser feitos por ela, com sua voz aveludada e sensual. Segundo ela, esse tom e timbre foram criados adrede, para transmitir tranquilidade aos passageiros que tinham medo de voar.


 

7) CONSUELO LEANDRO

Maria Consuelo da Costa Ortiz Nogueira tinha como sonho ser atriz. Seu avô era frontalmente contra e a expulsou de casa. De pirraça, ela adotou artisticamente o sobrenome Leandro, que era o nome do avô. A princípio, tornou-se atriz do teatro de revista, profissão mal vista na época. Depois partiu para o rádio e sua voz ficou conhecida num papel do famosíssimo programa Balança mas não cai, da Rádio Nacional. Fez filmes, mas tornou-se conhecida como humorista, tendo trabalhado em vários programas, como Noites Cariocas, Praça da Alegria, A Praça é Nossa, Escolinha do Golias e Veja o Gordo.

A pintinha escura acima dos lábios era sua marca registrada.


 

8) ZÉLIA HOFFMAN

Zélia Hoffman iniciou a vida artística na TV, tendo trabalhado na Tupi, Excelsior e Globo. Fazendo par com Chico Anysio, tornou-se conhecida como Maria Tereza, mulher do Coronel Limoeiro. No quadro, este dizia: "Maria Tereza! Essa mulher me ama!".

Era relações públicas no famoso restaurante La Fiorentina, no Leme, onde sua presença sedutora e atraente garantia a freguesia da classe artística. Foi uma das Certinhas do Lalau. Era muito bem relacionada na alta sociedade carioca.

Desfilava fantasias de luxo nos bailes de Carnaval do Teatro Municipal, ao lado de Clóvis Bornay, Wilza Carla, Evando de Castro Lima, Mauro Rosas e Marlene Paiva. Em 1958 venceu o concurso, com a fantasia A Bela Otero.


 

 =====  FIM  DA  POSTAGEM  =====

 

 

 

 

ELAS

(Primeira parte)

Essa é a primeira parte de uma postagem envolvendo mulheres que tiveram destaque no mundo televisivo de antanho. Muitas possuem extenso currículo, e até fico constrangido em não poder citá-los aqui, para não fugir do objetivo da postagem. Concentrei-me na atividade ou papel em que a retratada mais chamou a atenção do público. A postagem não inclui cantoras nem atrizes famosas, embora algumas das retratadas tenham trabalhado em teatro ou em novelas na TV.

Talvez algumas delas sejam ilustres desconhecidas para os adolescentes e pré-idosos que lerem esta postagem.   rsrsrs

 

1) ILKA SOARES

Ilka Hack Soares foi considerada uma das mais belas mulheres nas décadas de 1950 e 60. Trabalhou em alguns filmes e na TV apresentou programas jornalísticos e de variedades. Foi assistente do famoso J. Silvestre no programa O Céu é o Limite. Se não me engano, era assistente de um mágico, que se intitulava Professor Bei, papel em que ela falava o bordão "Pensar, Professor, pensar!", para que ele se concentrasse e desse a resposta esperada pelo público.


 

2) NORMA BLUM

Norma de Lacerda Blum iniciou carreira aos 12 anos na TV Tupi e em 1954 passou a integrar o quadro fixo de atores da emissora. Para a garotada da época, era conhecida pela sua participação no Teatrinho Trol, de Fábio Sabag. Participou como atriz nas TV's Tupi, Excelsior, Rio, Continental e Globo.


 

3) ZILKA SALABERRY

Nasceu Zilka Nazareth de Carvalho, numa família de artistas. Formada em Economia, ingressou no mundo teatral por influência do marido, Mario Salaberry. Estreou em 1956 na TV Tupi, onde trabalhou no Teatrinho Trol, já citado acima, cabendo-lhe sempre o papel de bruxa. Anos depois, foi a Dona Benta no Sítio do Pica-Pau Amarelo, papel mais marcante de sua carreira.


 

4) DERCY GONÇALVES

Dolores Gonçalves Costa originou-se dos espetáculos circenses e tornou-se uma das maiores estrelas do teatro de revista nos anos 1930 e da produção cinematográfica a partir dos anos 1940. Seu currículo é tão extenso e bonito que seria até ofensivo tentar reduzi-lo aqui. Por isso, não o farei.

Dercy foi reconhecida pelo Guinness Book of Records como a atriz com maior tempo de carreira na história mundial, num total de 86 anos.


 

5) NAIR BELLO

Nair Bello Sousa Francisco se notabilizou como humorista, mas iniciou a carreira como atriz de radionovelas. Trabalhou em teatro e fez alguns filmes. Foi garota-propaganda e participou de novelas e minisséries. Estreou no humorismo em 1961, na TV Record, com o quadro Epitáfio e Santinha, passando depois para a TV Rio.


 

6) MARINA MIRANDA

Marina Miranda era uma dos oito filhos dos seus pais, mas foi criada por outra pessoa. Em 1955 cantou músicas líricas no programa Papel Carbono, citado na postagem do dia 13 deste mês. Era fã de óperas e um jornaleiro italiano amigo a ajudava na pronúncia das palavras. Ganhou uma bolsa na Escola Nacional de Música, mas teve de abandonar os estudos para trabalhar.

Iniciou a carreira humorística em 1956, na TV Rio, notabilizando-se no programa Noites Cariocas. Em 1968 passou para a TV Globo, atuando no programa Balança Mas Não Cai, onde fez dupla com Tião Macalé e deu origem ao bordão Oh! Crioula difícil!.  Era conhecida como A Grande Otelo de saias. Fez papéis cômicos como Dona Mandala e Dona Charanga (em programas do Chico Anysio). Foi agraciada com o Troféu Raça Negra 2010 pela sua contribuição à cultura do país. 


 

7) KATE LYRA

Katherine Lee Riddell Caughey começou como modelo nos EUA, aos 17 anos, tendo se casado aos 19 com Carlos Lyra e vindo para o Brasil, onde continuou sua carreira. Aqui participou de vários filmes, alguns deles do gênero pornochanchada. Nos anos 1970 teve papeis em programas humorísticos, como Planeta dos Homens e Praça da Alegria, onde fazia as vezes de americana ingênua, sempre enganada por brasileiros, quando então dizia o bordão Brasileiro é tão bonzinho!.

No mundo cinematográfico, teve algum destaque como diretora e roteirista. Possui uma carreira acadêmica como pesquisadora de alguns ritmos musicais, especialmente Hip-Hop, Rap e Funk.



=====  FIM  DA  POSTAGEM  =====


terça-feira, maio 09, 2023

 

PROGRAMAS DE AUDITÓRIO

Na época áurea do rádio, houve vários programas de auditório que atraíam multidões, fossem meros espectadores ou fãs dos artistas que se iriam apresentar. Vários desses programas migraram posteriormente para a TV. Vamos listar alguns. Não vou citar os mais óbvios de todos, os programas do Chacrinha, de farto conhecimento público.

 

1) PROGRAMA CÉSAR DE ALENCAR

Era um dos mais famosos. Hermelindo César de Alencar Mattos começou a carreira em 1939, na emissora carioca Rádio Clube do Brasil. Mudou-se para a Rádio Nacional em 1945, atuando em narrações e comerciais e pequenas participações em novelas. Mas a fama veio quando em 1948 Paulo Gracindo saiu da rádio e César de Alencar passou a ter seu próprio programa, aos sábados.

A música de entrada do programa fez história: "Essa canção nasceu pra quem quiser cantar / Canta você, cantamos nós até cansar. / É só bater, e decorar / Pra recordar vou repetir o seu refrão / Prepara a mão / Bate outra vez / Este programa pertence a vocês".

O auditório lotava durante a apresentação do programa. Vide abaixo.



A foto abaixo mostra Cauby Peixoto cantando no programa.



Com o regime militar, César de Alencar foi injustamente acusado por adversários artísticos de dedurar dezenas de funcionários da Rádio Nacional. A partir daí sua carreira declinou.

 

2) PROGRAMA PAPEL CARBONO

Conduzido por Renato Floriano Murce, era um programa de calouros que revelou muitos cantores, como: Os Cariocas, Dóris Monteiro, Ângela Maria, Ivon Curi, Agnaldo Rayol, Roberto Carlos, Luiz Vieira, etc. Renato chamava os calouros de ilustres desconhecidos, tratava-os com muito respeito e procurava encaminhá-los na carreira artística.

Renato teve uma vida artística muito movimentada, passando por diversas emissoras de rádio. O programa foi inspirado num filme antigo assistido por Murce, que o adaptou para o rádio. Começou na Rádio Clube e depois migrou para a Rádio Nacional.



 

3) UM INSTANTE, MAESTRO

Lançado por Flávio Cavalcanti em 1952 na Rádio Nacional do RJ, foi levado para a TV Tupi em 1957. Com a ida de Flávio para a TV Rio em 1959, o programa saiu do ar, voltando em 1965 pela TV Excelsior e logo a seguir, em 1967, retornando para a TV Tupi.

Flávio selecionava lançamentos musicais da semana e dava sua opinião sobre eles. Os que não passavam pelo seu crivo tinham o disco quebrado ao vivo.



Posteriormente foi criado um grupo de jurados para julgar as músicas.


Com o tempo, o programa evoluiu para A Grande Chance (programa de calouros) e posteriormente para Programa Flávio Cavalcanti.

 

4) O CÉU É O LIMITE

Estreou em 1955 na TV Tupi de São Paulo, em seguida sendo repetido no Rio de Janeiro, onde o apresentador era João Silvestre, mais conhecido como J. Silvestre. Era um programa de perguntas. O candidato escolhia um tema e as perguntas se sucediam, cada vez mais difíceis. A cada pergunta, o candidato podia desistir ou continuar. A cada resposta correta, J. Silvestre imortalizou a frase "Resposta absolutamente certa".  



Patrocinado pela VARIG, J. Silvestre tinha como assistente a bela Ilka Soares.

A candidata mais famosa foi Leni Orcida Varela, na época com 23 anos e que respondia sobre Guerra Junqueiro visando angariar dinheiro para o casamento. Ela ficou com o apelido de Noivinha da Pavuna e conseguiu um bom prêmio, sendo sua união selada diante das câmeras, em 1969, com J. Silveste como padrinho.



 

5) CALOUROS EM DESFILE

Inicialmente transmitido pelo Ary Barroso. O calouro era submetido a uma série de perguntas que já o deixavam nervoso. Aí ele começava sua performance, que não necessariamente era música, podendo ser imitações, por exemplo. Se a performance não fosse boa, um imenso gongo era acionado. Os trajes do tocador do gongo variaram ao longo do tempo, mas costumavam ser de orientais ou africanos. Ele era apelidado de Macalé. Algumas vezes o candidato saía chorando do palco.





 =====  FIM  DA  POSTAGEM  =====

 

 

 

 

 

quinta-feira, maio 04, 2023

 

CONCURSO MISS BRASIL

Nesta postagem, vamos nos deter sobre os concursos desde 1900 até 1969. Dados e fotos obtidos da Internet.

1) INTRODUÇÃO

Entre os anos de 1900 e 1953 (inclusive ambos) não havia oficialmente um concurso de Miss Brasil. Além de não haver periodicidade definida, o próprio nome do concurso variava de uma edição para outra. Por simplicidade usaremos o termo Miss Brasil no texto referente a essa fase, embora não reflita a realidade. Essa fase é chamada de fase jurássica do concurso Miss Brasil.

Só no ano de 1954 foi criado oficialmente o concurso Miss Brasil.   

 

2) A FASE JURÁSSICA DO CONCURSO

 

PRIMEIRA MISS BRASIL

Violeta Lima Castro é considerada a primeira de todas as misses, eleita no ano de 1900. Como o certame foi patrocinado pelo jornal Rua do Ouvidor, só moças da alta sociedade do Rio de Janeiro podiam se inscrever.


SEGUNDA MISS BRASIL

Eleita em 1912, Noêmia Nabuco de Castro foi a vencedora do concurso patrocinado pelo jornal Gazeta de Notícias. Foi uma estratégia de marketing do jornal, que publicava um cupom a ser recortado, preenchido com o nome de qualquer jovem carioca, e a que recebesse mais indicações seria a vencedora.


 

A MAIS FAMOSA MISS DA FASE JURÁSSICA

A paulista Maria José Leone (mais conhecida como Zezé Leone) é considerada a primeira miss eleita em concurso organizado pela Revista da Semana e pelo jornal A Noite. O nome do concurso não era Miss Brasil e sim A Mulher Mais Bela do Brasil. Foram aceitas inscrições de moças de todo o país, independente da classe social. Zezé Leone, por exemplo, era filha de um alfaiate radicado em Santos. A seleção via fotos começou em 1921 e terminou em 1923.

Zezé Leone ficou tão famosa que teve busto esculpido em praça pública, virou nome de música, de doce e de locomotiva da Estrada de Ferro Central do Brasil.


A locomotiva fazia a linha Rio - São Paulo. Foi desativada em 1968, abandonada durante décadas, mas em 2008 a MRS Logística ficou de restaurá-la, o que foi feito. Atualmente está fixa na cidade de Santos Dumont (MG), ao lado do Centro Cultural. (vide foto da locomotiva abaixo).


Se alguém se interessar pelo doce Zezé Leone, a receita está em https://tinyurl.com/29vm6trv. Abaixo, foto do doce.

 

OUTRAS MISSES DESSA FASE

Abaixo, as fotos de algumas das misses desse período de concurso não-consecutivo.

A carioca Olga Bergamini de Sá venceu o certame em 1929. Em 1930 concorreu ao não-oficial Miss Universo, em Galveston, Texas.


Em 1930 o Brasil, revoltado com a derrota de Olga no Miss Universo do ano anterior, resolveu criar um Miss Universo brasileiro. Acredite quem quiser. A vencedora tanto do Miss Brasil quanto desse Miss Universo paralelo foi a gaúcha Yolanda Pereira.


Em 1932 não houve concurso de Miss Brasil por aqui. Então um grupo de jornalistas brasileiros radicados na França elegeu, em um restaurante, a Miss Brasil daquele ano. As candidatas eram jovens brasileiras residentes ou de passagem por Paris. Venceu o concurso a carioca Yeda Telles de Menezes.


Em 1939, por causa da guerra, não houve concurso Miss Universo, porém aqui foi levado a cabo o Miss Brasil, vencido pela carioca Vânia Pinto, considerada a primeiro modelo profissional brasileira.


Em 1949 ocorreu o último concurso dessa fase jurássica do Miss Brasil. Realizado no Hotel Quitandinha, a vencedora foi a goiana Jussara Marques. Em sua homenagem o distrito de Água Limpa, no estado de Goiás, foi renomeado para Jussara em 1950 e elevado a município em 1958. Uma versão controversa atribui também como homenagem à miss a denominação do município de Jussara, no Paraná, fato ocorrido em 1952.


 

3) FASE OFICIAL DO CONCURSO

Em 1954 e dali em diante, o concurso Miss Brasil passou a ser realizado anualmente. Os primeiros tinham lugar na boate do Palácio Quitandinha, em Petrópolis. A eleita do ano tinha a tarefa de representar o Brasil no concurso Miss Universo, criado dois anos antes nos EUA.

O patrocínio era dos maiôs Catalina, fabricados em Petrópolis sob licença da Catalina Swimwear, fundadora e patrocinadora dos concursos Miss Universo e Miss EUA desde sua criação.

A partir de 1955, os Diários Associados entraram na promoção e transmissão do concurso, que passou a ser o segundo evento mais assistido no país, perdendo apenas para os jogos da seleção brasileira de futebol. Com o passar dos anos, ele passou a ser considerado o mais bem organizado concurso dessa modalidade, no mundo.

No início da década de 1970 começou a derrocada do interesse do público nesse tipo de certame. Embora ele exista até hoje, ninguém mais lhe dá importância.

As linhas abaixo tratam das mais conhecidas misses dessa fase oficial do concurso.

1954 ==> venceu a baiana Maria Martha Hacker Rocha. Ficou em segundo lugar no Miss Universo, vencido pela americana Miriam Stevenson. Para consolar os brasileiros, o jornalista João Martins, de O Cruzeiro, em anuência com os demais jornalistas que cobriram o certame nos EUA, e com concordância da própria Martha Rocha, divulgou que ela havia perdido o concurso por apenas duas polegadas, embora ela posteriormente tivesse dito que nos EUA ninguém lhe havia tirado as medidas. Martha Rocha é até hoje a mais conhecida e cultuada Miss Brasil.


1957 ==> venceu a amazonense Terezinha Gonçalves Morango Pittigliani, nascida lá nos cafundós do Amazonas, próximo à fronteira tríplice Brasil x Colômbia x Peru. Tal como Martha Rocha, ficou em segundo lugar no Miss Universo, vencido pela peruana Gladys Zender.


1958 ==> venceu a carioca Adalgisa Colombo Teruzkin. Também ficou em segundo lugar no Miss Universo, vencido pela colombiana Luz Marina Zuluaga.


1963 ==> venceu a gaúcha Ieda Maria Vargas. Foi a primeira brasileira a obter o título de Miss Universo, aos 18 anos de idade.


1968 ==> venceu a baiana Martha Maria Cordeiro Vasconcellos, lutando o tempo todo contra os pais, que não aceitavam sua inscrição nesse tipo de concurso e que nem sequer a acompanharam aos EUA, onde ela se tornou a segunda e última brasileira a vencer o Miss Universo. Não era bem vista pelas suas damas de companhia, que a consideravam muito mimada. Em 2000 migrou de vez para os EUA, onde supervisiona uma ONG de combate à violência doméstica e a abusos sexuais no estado de Massachusetts, principalmente entre as brasileiras e portuguesas ali residentes, tendo recebido três prêmios por seu trabalho. Já trabalhou com recuperação de drogados, presidiários e terapia de portadores de HIV.


1969 ==> venceu a catarinense Vera Fischer, filha de uma brasileira neta de alemães e de um comerciante alemão, que Vera diz ter sido nazista convicto e que era agressivo com ela e a obrigava a ler Mein Kampf. Vera só falava alemão até os cinco anos de idade. Aprendeu português apenas quando entrou na escola. Venceu o Miss Brasil porém não podia participar do Miss Universo porque tinha apenas 17 anos. Então resolveu falsificar seus documentos e garantiu a participação no concurso internacional. Só recentemente fez o ajuste. Sua carreira artística dispensa comentários.



=======  FIM    DA    POSTAGEM  =======

 

 

 

 

 

 

  CONCURSO SDR DE CINEFILIA Seguem os trailers da segunda rodada do concurso. Ocupem seus lugares e divirtam-se. A sessão vai começar. ...