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quarta-feira, setembro 06, 2023

 

GOLEIROS DO PASSADO 

(Postagem 2 de 2)

Esta postagem é uma continuação daquela de ontem.

 

1) POMPÉIA


José Valentim da Silva nasceu em Itajubá (MG), em 27 de setembro de 1934.

Iniciou a carreira como centroavante num clube da segunda divisão de Itajubá, formado por funcionários da fábrIca de material bélico com sede naquela cidade. Mais tarde, ainda como centroavante, passou para o São Paulo, da mesma cidade. Um dia o goleiro do clube não pode jogar e José o substituiu com brilhantismo, chamando a atenção de todos. Tempos depois, numa partida contra o Bonsucesso do Rio de Janeiro, o juiz da partida, olheiro do clube carioca, se entusiasmou com ele e convidou-o para vir jogar no Bonsucesso, onde assinou contrato em primeiro de abril de 1953, por 3 mil cruzeiros.

No ano seguinte transferiu-se para o América, onde permaneceu por onze anos.

O apelido Pompéia veio da infância, quando gostava de desenhar os personagens Popeye e Olívia Palito. Os seus colegas, com dificuldade de pronunciar Popeye, chamavam-no de Pompéia. O apelido pegou.

Ele trabalhou num circo, onde aprendeu as técnicas de impulsão que o tornaram famoso posteriormente.

Fazia defesas espetaculares e espetaculosas. As más línguas o consideravam presepeiro. Fazia a alegria da torcida quando atuava.

Waldir Amaral apelidou-o de Constellation, um modelo de avião que fazia sucesso na época. Outros apelidos vieram: Ponte Aérea (novidade na época), Caravelle (um modelo de avião, por sinal muito bonito) e Fortaleza Voadora.  

Abaixo, algumas das fantásticas defesas de Pompéia.



Saindo do América, jogou pelo São Cristóvão, o Galícia (de Salvador), o Clube do Porto e o Desportivo Português. Em 1969, num jogo entre esse clube e o Real Madrid, defendeu uma bola difícil, que no rebote foi chutada pelo famoso Di Stefano. A bola pegou na sua cabeça e em consequência perdeu uma vista e teve a outra prejudicada, forçando-o a abandonar o futebol.

Deprimido, sentindo-se só e perdido, voltou-se para a bebida e morreu em 18 de maio de 1996, num quarto de manicômio.

 

2) CASTILHO

Carlos José Castilho nasceu no Rio de Janeiro, em 27 de novembro de 1927.

Antes de entrar para o futebol, foi carvoeiro, padeiro e leiteiro. Foi um dos melhores goleiros do futebol brasileiro e considerado o melhor goleiro tricolor de todos os tempos. Era grande defensor de pênaltis (em 1952, pegou seis deles). Daltônico, dizia ser favorecido por ver como vermelhas as bolas amarelas, mas era prejudicado quando as bolas eram brancas, na época usadas em jogos noturnos.

Conta-se que em 1950 um leiteiro ganhou duas vezes na loteria (uma a de São João e outra a de Natal), e em virtude disso "leiteiro" passou a ser sinônimo de sortudo. Como Castilho tinha muita sorte ao defender bolas incríveis, as pessoas passaram a dizer que ele não era leiteiro, e sim o dono da leiteria. Daí o apelido de Leiteria que lhe deram.

Jogou pelo Fluminense de 1946 a 1965, num total de 698 partidas, tendo sofrido 777 gols e disputado 255 partidas sem sofrer nenhum gol.

Em 1957, tendo contundido o dedo mínimo esquerdo pela quinta vez, o médico do clube disse que ele deveria se afastar durante dois meses dos jogos, para tratamento. Castilho optou então por amputar o dedo e duas semanas depois estava novamente em ação.


Participou de quatro Copas do Mundo: 1950, 1954 e campeão em 1958 e 1962.

Em 2006 o Fluminense inaugurou um busto ao famoso goleiro na entrada da sede social do clube.

Depois de abandonar o gramado foi técnico de vários clubes.

Suicidou-se em 2 de fevereiro de 1987, aos 59 anos, jogando-se de uma janela após visitar a ex-esposa. O motivo do suicídio nunca foi esclarecido.

 

3) GARCIA

Sinforiano Garcia era paraguaio, tendo nascido em Puerto Pinasco, em 22 de agosto de 1924.

Iniciou a carreira como amador em 1939, no Club Olímpia de Assunção. Passou para o Atlético Corrales em 1944 e em seguida para o Cerro Porteño. Em 1949, após dois jogos da seleção paraguaia contra a brasileira, chamou a atenção de dirigentes do Flamengo e naquele mesmo ano foi contratado no rubronegro.

A estreia de Garcia no Flamengo ocorreu num amistoso contra o Arsenal, da Inglaterra, no estádio de São Januário, em 30 de maio de 1949. O Flamengo venceu por 3 x 1.

Em virtude de fratura de clavícula, Garcia não pode disputar o campeonato de 1950. Conquistou o tricampeonato carioca em 1953, 1954 e 1955.

Foi o segundo goleiro estrangeiro no Flamengo, sendo precedido por José Tunel Caballero, em 1937, que disputou apenas 18 partidas.

Defendeu o arco rubronegro por 276 vezes, entre 1949 e 1958. Foi o segundo estrangeiro com maior participação em jogo, perdendo apenas para Modesto Bria, com 369 atuações.


Encerrou a carreira como goleiro do Flamengo em 1958, tendo depois atuado no Canto do Rio e como treinador no Cerro Porteño e no Coritiba Foot-Ball Club.

Faleceu em 29 de maio de 1992.

 

4) UBIRAJARA

Ubirajara Gonçalves Motta nasceu em 4 de setembro de 1936, no Rio de Janeiro.

Começou como ponta-direita no Esporte Clube Simas. Já como goleiro, foi para o Deodoro Futebol Clube, na Vila Militar. Fazia grande sucesso na época.

Por insistência de um amigo, fez um teste no Bangu, em 1951, aos 15 anos de idade, tendo sido sagrado campeão naquele mesmo ano na categoria Infanto Juvenil. Já na categoria Juvenil, sagrou-se campeão carioca nos anos de 1952 e 1953.

Em 1955 passou para a categoria de Aspirantes e no ano seguinte foi para o quadro principal. Em 1957 virou reserva do goleiro Ernâni. No ano seguinte este brigou com a diretoria do clube e Ubirajara tomou seu lugar dali em diante. 

No Bangu atuou em 539 jogos, vencendo 287, empatando 135 e perdendo 117. Sofreu 541 gols.

Atuou no Bangu até 1968, quando se transferiu para o Botafogo, onde ficou até 1971.

De 1972 a 1977 jogou pelo Flamengo, tendo vestido a camisa rubronegra apenas 40 vezes. Ali encerrou sua carreira.

Tornou-se empresário e presidiu a Fundação de Garantia do Atleta Profissional (FUGAP). Morreu em 24 de outubro de 2021, aos 85 anos de idade, de causas naturais.

 

5) CARLOS ALBERTO

Carlos Alberto Martins Cavalheiro nasceu no bairro de Santa Teresa, no Rio de Janeiro, em 25 de janeiro de 1932.

Entrou para o Vasco da Gama na categoria de juvenil em 1948 e atuou no time até 1957. Foi campeão carioca em 1952 e 1956, conquistou a Copa Rio de Janeiro em 1953, o Troféu de Paris em 1957 (na época considerado um Mundial de Clubes)  e o Troféu Teresa Herrera também em 1957. Foi o primeiro goleiro brasileiro a participar de uma olimpíada, em Helsinque, no ano de 1952. Também participou da olimpíada de 1960, em Roma, além dos Jogos Pan-Americanos de 1959, quando recebeu medalha de prata.


Por ser militar da ativa da Aeronáutica, não podia ter contrato profissional nos clubes, jogando sempre como amador.

Logo no início de sua carreira no Vasco aconteceu um episódio curioso: no Tornerio Rio - São Paulo, Barbosa era o goleiro em campo. No intervalo da partida o Vasco o substituiu pelo reserva Ernâni. Porém este se contundiu aos 20 minutos de peleja. Carlos Alberto estava assistindo ao jogo na arquibancada. Os altofalantes do Maracanã o convocaram, a pedido dos dirigentes vascaínos. Carlos Alberto desceu, vestiu a camisa e defendeu o gol até o fim do jogo. Teve bela atuação e garantiu o placar de 2 x 2, já existente quando de sua entrada em campo.

Em 1958, transferido para São Paulo pela Aeronáutica, migrou para a Portuguesa de Desportos, onde jogou de 1958 até 1960.

Foi um dos quatro goleiros convocados por Vicente Feola nos preparativos para a Copa do Mundo de 1958.

Morreu em 29 de junho de 2012, aos 80 anos de idade, no posto de Brigadeiro da Aeronáutica.

 

6) ADALBERTO

Adalberto Leite Martins nasceu em São Paulo em 23 de abril de 1931.

Começou a jogar como goleiro no Esporte Clube Cocotá, da Ilha do Governador, em 1946. Em 1948 entrou para o time de juvenis do Fluminense. Em 1952 tornou-se reserva imediato de Castilho e Veludo. Disputou 62 jogos pelo tricolor, sendo 51 como titular, nas várias categorias. O primeiro jogo foi em 18 de abril de 1950 e o último em 27 de março de 1955.

A foto abaixo é do time de aspirantes do Fluminense, ano de 1953.

Em julho de 1955 foi para o Jabaquara, de Santos. Destacou-se no Torneio Rio - São Paulo de 1957, disputado no primeiro semestre, e em 10 de maio daquele ano passou para o Botafogo, jogando a primeira partida em 14 de julho, quando o alvinegro conquistou o primeiro campeonato pós-Maracanã.

Pela equipe principal do alvinegro disputou 81 partidas. Seu último jogo pelo Botafogo foi em 3 de outubro de 1962. 

Ao perceber que seria difícil continuar a carreira tendo como postulantes Manga, Ernâni e Ari Jório, resolveu se tornar funcionário do clube e virou Auxiliar Técnico do treinador Paraguaio.

Exerceu algumas outras funções ligadas ao desporto, já fora do Botafogo.

Morreu em 6 de abril de 2019, aos 87 anos de idade.


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RESUMO E ESTATÍSTICAS


Certos valores das estatísticas abaixo variam, de acordo com a fonte consultada. Escolhi as que julguei mais confiáveis. Posso ter errado. Há muitas lacunas porque não consegui dados de mesmo teor nas fontes que pesquisei.



-------  FIM  DA  POSTAGEM  --------

 

 

 

 

 

 

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