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quarta-feira, junho 26, 2024

 

OS POUCO FAMOSOS (Segunda parte)

(Essa postagem é uma continuação daquela do sábado passado).

 

FRANCISCO CARLOS (05/04/1928 – 19/08/2003)


Embora fosse carioca, passou a infância em Recife, retornando para cá aos 11 anos de idade. Graduou-se pela Escola Nacional de Belas Artes. Ainda estudante, apresentou-se no “Programa Casé”, da Rádio Mayrink Veiga. Em 1946 foi contratado como cantor profissional pela Rádio Tamoio e depois transferiu-se para a Rádio Globo.

Um de seus primeiros discos, gravado em 1950, trazia a marcha carnavalesca “Meu brotinho”, de grande sucesso, e o samba “Me deixa em paz”, ambos de Humberto Teixeira e Luiz Gonzaga.

Em 1953 foi escolhido pelos ouvintes da Rádio Nacional como o melhor cantor do ano, superando Francisco Alves, falecido no ano anterior. Em 1958 foi eleito “Rei do Rádio” e recebeu o apelido de El Broto. Posteriormente foi considerado “O cantor enamorado do Brasil”. Em 1962, no auge da carreira, abandonou a vida artística após uma excursão pela Europa e passou a se dedicar exclusivamente à pintura.

No início dos anos 1980 tentou voltar à vida artística, não logrando sucesso e abandonando de vez essa pretensão.

Morreu após complicações provocadas por um linfoma.

 

ÁUREA MARTINS (13/06/1940)


Nascida Áldima Pereira dos Santos, em Campo Grande, pertencia a uma família de músicos: o pai tocava violão, a avó banjo, a mãe era cantora amadora e dois de seus tios  tocavam clarinete e saxofone. Participou quando criança do coral da igreja de Nossa Senhora do Desterro.

Recebeu o nome de Áurea Martins dado por Paulo Gracindo, quando cantava em programas de auditório da Rádio Nacional na década de 1960. Em 1969 ganhou o primeiro lugar no programa “A Grande Chance”, de Flávio Cavalcanti. Com o dinheiro recebido bancou seu primeiro LP, de nome “O Amor em Paz”, em 1972, com arranjos de Luiz Eça.

Após essa evidência inicial passou a atuar apenas no circuito boêmio do Rio. Em 2008 voltou à cena musical, com o LP “Até sangrar”, ganhando como melhor cantora o Prêmio da Música Brasileira, em 2009, sendo Marisa Monte uma das concorrentes. No mesmo ano foi lançado um curta metragem mostrando uma jornada de trabalho da cantora na noite carioca, tendo esse curta recebido mais de 20 prêmios desde seu lançamento.

Em 2012 lançou seu primeiro DVD.

 

TRIO NAGÔ (1950 – início da década de 1960)


Tudo começou com Mário Alves, um alfaiate cearense que cantava enquanto costurava em sua pequena loja. Pelas manhãs ele recebia dois amigos, Evaldo Gouveia e Epaminondas de Souza, que o acompanhavam na cantoria: Evaldo com voz e Epaminondas ao violão. Tudo não passava de brincadeira.

Ao final do expediente, Mário ia para casa e os outros dois esticavam a cantoria em bares de Fortaleza. Um dia alguém os ouviu cantando e os indicou para audição numa rádio local. De rádio em rádio, acabaram sendo convidados para representar o Ceará no programa César de Alencar, na Rádio Nacional do Rio de Janeiro. Essa apresentação resultou num contrato com a Rádio Jornal do Brasil, formando-se então o Trio Nagô.

Dois anos depois já tinham feito apresentações em várias casas do Rio e São Paulo e foram contratados pela Rádio Record. Lançaram diversos discos de 78rpm e iniciaram turnês nacionais.

Ganharam programa próprio na TV Record e faziam muito sucesso, com fã-clubes femininos suspirando pelo Evaldo e Epaminondas, os galãs do trio. Fizeram turnês por vários países das Américas e da Europa, com grande sucesso em Paris. Na volta, foram condecorados por autoridades por divulgarem a cultura brasileira. Apesar disso, Mário Alves continuava desenhando e costurando para o trio.

Em fins dos anos 1950 o trio se separou, tentando retornar no início da década de 1960, agora com repertório e harmonia da bossa nova. Mas não tiveram sucesso.

Evaldo Gouveia continuou carreira, agora como compositor, junto com Jair Amorim. De Mário e Epaminondas não se teve mais notícia.

 

ELLEN DE LIMA (24/03/1938)


Baiana, foi para o Rio de Janeiro aos dois anos de idade. Aos oito anos apresentou-se no programa “Papel Carbono”, de Renato Murce, imitando a cantora Heleninha Costa, sendo a vencedora da noite. Mas sua carreira começou mesmo quando se apresentou no programa de calouros de César de Alencar, na Rádio Nacional, e no “Alvorada dos novos”, da Rádio Mayrink Veiga, onde foi contratada em 1954 para apresentar-se no Rio e em São Paulo.

Foi uma das primeiras contratadas da Columbia (depois CBS e atual Sony-BMG), lançando seu primeiro disco, a convite do maestro Renato de Oliveira, com o samba-canção “Até você” e o slow-fox “Melancolia”.

Em 1957 gravou seu primeiro LP, com o bolero “Vício”, de Fernando César, fazendo muito sucesso. Mas foi na década de 1960 que Ellen de Lima se tornou conhecida com a “Canção das Misses”, tema do concurso Miss Brasil.

Nos anos seguintes, embora sem fazer muito sucesso, gravou alguns LP’s, participou de telenovelas e de shows e festivais, inclusive com várias temporadas no Cassino Estoril, de Portugal. Recebeu algumas homenagens, participou do grupo “Cantoras do Rádio”, foi eleita madrinha da Polícia Rodoviária Federal. Até hoje tem vida musical ativa.

Suas últimas apresentações documentadas na Internet foram em 2017, no sábado e na segunda-feira de Carnaval, no Baile da Cinelândia.

 

LUCIENE FRANCO (03/01/1939)


Iniciou a carreira artística em 1957, lançando pela Copacabana seu primeiro disco, assinando apenas “Luciene”, com o bolero “Tarde morena de Espanha”, de Luis Bonfá, e o samba-canção “Ave Maria”, de Vicente Paiva.

Em 1958 foi eleita pela revista Radiolândia como “Cantora revelação do ano na TV”.

Ao longo da década de 1960 gravou várias composições de Luis Bonfá e de Ary Barroso, do qual era a cantora favorita. Fez várias turnês por países das Américas e Europa.

Na TV, atuou nos principais programas: Flávio Cavalcanti, Chacrinha, J. Silvestre, Jair de Taumaturgo, Sílvio Santos, Blota Jr, Aerton Perlingeiro, Airton Rodrigues e Murilo Nery.

Sua última apresentação documentada na Internet foi em 2017, na sexta-feira de Carnaval no Baile da Cinelândia.

 

MARCOS MORAN (1938)


OBS: Não consegui obter a data de nascimento dele.

Nascido Ananias Marques de Oliveira, em Alegre (ES), em 1959 juntou-se com alguns amigos – entre eles Wilson Simonal - para a criação do grupo Dry Boy’s. Obtiveram relativo sucesso, mas se separaram. Moran cantou então na boate Arpège e no Copacabana Palace, sendo visto pela gravadora RCA, onde lançou seu primeiro compacto em 1965.

Na década de 1960 sua voz era comparada à de Simonal, de quem era grande amigo. Ao longo dessa década sofreu influência do rock e do soul music, misturando com samba e músicas carnavalescas.

Obteve sucesso no Carnaval de 1968 com a marcha “Até quarta-feira”. Em 1970 virou intérprete de sambas-enredo, a convite de Carlos Imperial. Cantou para a Portela, Império Serrano e de 1979 a 1984, para a Vila Isabel, tendo deixado a escola após desentendimento com um diretor de harmonia durante desfile na Sapucaí.

Depois disso, foi puxador de samba para as escolas Acadêmicos de Santa Cruz, Unidos de Lucas e terminou sua carreira em 2017, pela Acadêmicos de Pilares.

Como compositor, teve parceria com Roberto Carlos e compôs músicas para Elza Soares, Cauby Peixoto e Altemar Dutra.

 

------------  FIM  DA  POSTAGEM  ------------

 

 

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