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quinta-feira, setembro 05, 2024

 

JÓIAS DA PROPAGANDA (4)

Esta postagem é continuação da publicada ontem. É a última da série.


 DROPS DULCORA



Em 1921 Carlo Mario Gardano fundou no Brás a Chocolates Gardano, marca tradicional na época. Em 1957 a Nestlé comprou a fábrica.

Em 1958 os Gardano fundaram a Dulcora, num antigo lote colonial da família Boralli, na Via Anchieta, km 22, em São Bernardo do Campo. A empresa era tocada pelos filhos de Carlo Mario, Enzo e Paulo, e produzia balas, drops, bombons, chocolate em pó ou em tabletes e outros itens.

Já em 1961 a fábrica era considerada uma das líderes em mecanização, com destaque para a máquina que embrulhava os drops individualmente, o que não era costume na época. Daí a Dulcora criou o slogan “embrulhadinhos um a um”, extensivamente usado em sua propaganda.  

Com forte atuação em campanhas, promoções e marketing, por volta de 1972 a Dulcora dominava 70% do mercado de drops vendidos no país.

Visando ampliar a capacidade produtiva da fábrica, em 1964 a Dulcora lançou-se no mercado de capitais; 1968 e 1970, reformou e ampliou significativamente a fábrica; em 1971 pediu um empréstimo junto ao BNDE. Porém não conseguiu ao longo da década de 1970 com os outros produtos o mesmo sucesso que com seus drops, e a dívida com o BNDE foi cobrada, levando à falência da empresa em março de 1980.

Como os drops Dulcora ainda tinham forte ligação com o público, a Q-Refres-Ko Indústria e Comércio, que produzia as balas Soft e os chicletes Ploc, comprou o direito de uso da marca Dulcora, relançando-a em 1985. Porém no início da década de 1990 os drops saíram definitivamente do mercado.



BRAHMA CHOPP

Em 1888 o imigrante suíço Joseph Villinger, que já produzia cerveja em casa para consumo próprio, resolveu se juntar aos brasileiros Paul Fritz e Ludwig Mack e fundaram a Manufactura de Cerveja Brahma Villinger & Companhia, no Rio de Janeiro, com fábrica na rua Visconde de Sapucahy número 122. A marca Brahma foi registrada em 6 de setembro de 1888.

O nome Brahma foi uma homenagem ao britânico Joseph Bramah (1748 – 1814), inventor da válvula manual para tirar chope em balcões de bares. Como Bramah havia fundado uma empresa com seu nome, Villinger teve de fazer uma pequena alteração na ordem das letras para evitar problemas.

Em 1894 a pequena fábrica foi vendida para o alemão Georg Maschke, que tinha intenção de produzir cerveja pelo método de baixa fermentação. Para isso foram importados equipamentos mais modernos.

Em 1904, após fusão com outras empresas, a razão social mudou para Companhia Cervejaria Brahma.

Em 1914 foi lançada a cerveja Malzbier, escura, encorpada, levemente adocicada e com aroma de caramelo, divulgada com o curioso slogan “saborosa e nutriente, recomendada especialmente a senhoras que amamentam”. Durante muito tempo o produto foi vendido como um tipo de cerveja nutritiva e fortificante, recomendada inclusive para crianças, combatendo “anemia e pallidez”.

Com o advento da Primeira Guerra Mundial, a importação de produtos e de cervejas ficou impedida, facilitando a expansão das cervejarias nacionais.

Na década de 1920 a Brahma passou a fabricar também vários tipos de refrigerantes, com destaque para o Guaraná Brahma, lançado em 1927.

Durante as décadas de 1920 e 1930 houve um forte movimento nacionalista no Brasil, impulsionando ainda mais as marcas como Brahma, Adriática, Antarctica e Companhia Cervejeira Paulista. Marcas alemãs chegaram a mudar de nome.

Em 1934 foram contratados os músicos Ary Barroso e Bastos Tigre para fazer o primeiro jingle no país, destinado a divulgar o chope da Brahma, lançado em garrafas. A composição se chamava “Chope em garrafa” e era cantada por Orlando Silva.

Dali até 1954 foram adquiridas várias outras cervejarias, de modo que neste ano a Brahma já contava com seis fábricas espalhadas pelo país, além do Rio de Janeiro: São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, Pelotas, Passo Fundo e Caxias do Sul. Além de uma maltaria própria.

Em 1967 chegou ao Brasil a cerveja Skol, com direito de uso para a cervejaria Rio Claro, também fabricante da cerveja Caracu. A Brahma então adquiriu em 1980 o controle acionário das Cervejarias Reunidas Skol-Caracu.

Em 1989 a Brahma teve seu controle acionário assumido pelo Grupo Garantia, atuante no segmento financeiro e pertencente ao empresário Jorge Paulo Lemann.

Em 1998 a Brahma começou a ser exportada para a Europa, iniciando pela França. Também neste ano a Skol passou a ser a líder do mercado no Brasil.

Em 1999 a Brahma e a Antarctica se fundiram constituindo a AmBev (American Beverage). Como os refrigerantes da Antarctica tinham melhor aceitação no mercado, os da Brahma foram descontinuados.

Em 2006 a Brahma se tornou a 5ª cerveja mais bebida no mundo.


 

DUCAL

Em 1950 o empresário José Vasconcelos de Carvalho, então com 30 anos incompletos, aproveitou o que aprendera nos cursos de administração nos EUA e a experiência profissional adquirida nas lojas A Exposição, de seu pai Lauro de Souza Carvalho, juntou-se aos seus primos José Cândido e José Luiz Moreira de Souza e abriu uma fábrica de roupas, a Companhia Brasileira de Roupas, com loja na Praça Tiradentes, no Rio de Janeiro.

A empresa lançou as vendas a crédito em 24 vezes sem juros e a campanha “Duas calças”, em que o comprador de um paletó e uma calça ganharia de graça outra calça, mais simples. O objetivo era usar uma no trabalho e outra no lazer. A campanha foi um sucesso e deu origem ao nome Ducal.

As roupas eram de boa qualidade mas não chegavam a ser sofisticadas nem com corte impecável. Paulo Afonso de Carvalho, irmão de José Vasconcelos, dizia que “Quem quisesse roupa bem cortada, que procurasse um alfaiate”.

Nas campanhas publicitárias a Ducal usou Pelé, o primeiro anunciante famoso da empresa, e Emerson Fittipaldi, que participou de algumas campanhas.

Mas na metade dos anos 1960 a empresa começou a ter problemas em virtude de seu crediário ser em prestações fixas, enquanto o país atravessava um período de grande inflação. Assim, em 1966 a Ducal se associou à famosa rede mineira de eletrodomésticos Bemoreira, dando origem à Bemoreira-Ducal.

A parceria fez sucesso até os anos 1970, mas o sistema de crédito e a mudança no comportamento de compra e moda do público acabou por destruir a empresa, que foi fechando loja a loja, até a última cerrar as portas, em 1986, na cidade de Duque de Caxias.



ESSO EXTRA

Sobre a Esso já escrevemos ontem.


 

SADIA

Em 1942 um grupo de empreiteiros fundou a S.A. Indústria e Comércio Concórdia, na cidade de Concórdia, em Santa Catarina. A empresa compreendia, entre outros, um frigorífico e um moinho, o Moinho Concórdia. Como os lucros não vinham, um comerciante gaúcho foi convidado a se associar ao grupo. Seu nome era Attilio Fontana. Este concordou e reergueu a empresa. Ao anunciar sua saída, os outros sócios lhe pediram para permanecer. Attilio aceitou, desde que os outros lhe vendessem parte de seu quinhão no grupo, de modo que Attilio passasse a ser o controlador. Eles aceitaram.  

Em 07 de junho de 1944 Attilio Fontana criou então a Sadia, oriunda da abreviação do nome da antiga empresa, ao juntar S.A. e o final da palavra Concórdia. Como primeiro passo, Attilio comprou um maquinário para a produção da marca. Eram tempos de guerra, com dificuldades de importação, e Attilio comprou o maquinário de um falido frigorífico da cidade de Guaporé, no Rio Grande do Sul.

Em 1947 a Sadia, querendo se expandir no mercado nacional, abriu uma distribuidora em São Paulo e se tornou uma marca registrada.

Em 1952, como ainda não existiam caminhões-frigoríficos, Attilio passou a alugar aviões para transportar seus produtos para a região Sudeste.

Em 1955, aproveitando os benefícios fiscais para criação de empresas aéreas, Attilio fundou a Sadia Transportes Aéreos, que além de transportar seus produtos também levava passageiros. Essa empresa originou em 1972 a Transbrasil, falida em 2001. Fontana era conhecido por receber os passageiros com um tapete vermelho estendido no solo do aeroporto, junto à escada de embarque da aeronave.

Em 1964, com a criação da Frigobrás, a Sadia entrou no mercado de produtos semiprontos e congelados. Logo a seguir começaram as exportações de carne.

Os anos 1970 e 1980 marcaram o apogeu da marca. Em 1971 a Sadia entrou na Bolsa de Valores. Em 1974 ela lançou seu produto mais conhecido, o peru temperado Sadia, sucesso de vendas. Em 1975 começou a exportação para países do Oriente Médio.

Attilio morreu em 1989 e a empresa passou a ser dirigida pela terceira geração de herdeiros.

Em 1994 a principal concorrente da Sadia, a Perdigão, estava à beira da falência e foi oferecida à Sadia, que recusou a oferta, sendo a Perdigão adquirida pela Previ, fundo de previdência do Banco do Brasil.

Na década de 1990 a Sadia tinha representantes nas cidades de Milão, Tóquio e Buenos Aires. Pouco depois, a China entrava na lista. Em 1998 a Sadia se tornou a líder no segmento avícola e exportava para 40 países.

De 1996 a 2007 boa parte do lucro da Sadia provinha de operações no mercado financeiro.

Em 2001 a Sadia foi eleita a marca mais valiosa do ramo alimentício nacional. Em 2003 isso se repetiu.

Em 2008, inaugura sua fábrica na região Nordeste.

Com a quebra da economia mundial em 2008, a empresa esteve à beira do fechamento, com um rombo de 5 bilhões de dólares no mercado futuro. Depois de várias negociações, inclusive com a intermediação do presidente Lula, o governo negou um empréstimo do BNDES e exigiu a fusão com a Perdigão, cujo controle era da Previ, dando origem à Brasil Foods, sigla BRF, em 2009.

Atualmente a Sadia é um conglomerado de 20 empresas e ocupa o primeiro lugar no ramo de produção e comercialização de carnes em geral e embutidos. Oferece cerca de 300 produtos, possui 55 mil empregados, tem 150 mil pontos de venda e uma fábrica na Rússia. E está presente em 140 países.




SHAMPOO COLORAMA

A linha Colorama foi lançada em 1976, abrangendo xampus, condicionadores e esmaltes.  Originalmente era fabricada pela Revlon, fundada em 1929 pelos irmãos Charles e Joseph Revson, juntamente com o químico Charles Lachman, que contribuiu com a letra L no nome da empresa.

Em 2001 a marca Colorama foi comprada pelo grupo francês L’Oréal por 64 milhões de Euros, incluindo a fábrica em São Paulo.

O comercial abaixo é muito conhecido. Notar a mudança na chatíssima voz da garota ao fim do vídeo.




SUKITA

No início do século XX chegou à Bahia o imigrante italiano Giuseppe Vita, que iniciou uma produção artesanal de aparelhos de iluminação a carbureto e gás acetileno. Posteriormente Vita fundou em Alagoinhas uma pequena fábrica de licores, transferida em 1920 para Salvador, sob o nome Fratelli Vita. Ali eram fabricados refrigerantes à base de frutas, aproveitando a experiência de Giuseppe com licores.

Durante a Primeira Guerra Mundial surgiu a dificuldade de importação de garrafas de vidro para refrigerantes, e a Fratelli Vita passou a fabricá-las também. Na década de 1950 a empresa passou a fabricar também cristais, reconhecidos internacionalmente por sua qualidade e beleza.

Posteriormente foi aberta uma filial em Recife. Os refrigerantes Fratelli Vita dominaram o mercado baiano e chegaram a superar a Coca-Cola. Um dos refrigerantes de sua linha era a Sukita, à base de laranja.

Em 1962 a empresa encerrou as atividades e dez anos depois a Companhia Cervejaria Brahma adquiriu a marca de refrigerantes e o prédio da fábrica.

Em 1976 a Brahma relançou a Sukita, juntamente com o Guaraná Fratelli e a Gasosa Limão.

Após a fusão da Brahma com a Antarctica, dando origem à AmBev, a Sukita passou a ostentar o símbolo da Antarctica.

O comercial abaixo faz parte de uma série muito engraçada da Sukita.



 TODDY

Refira-se à postagem de ontem sobre o Toddy.



 VARIG

A VARIG é por demais conhecida e dispensa comentários.



 -------  FIM  DA  POSTAGEM  ------

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