BRINQUEDOS
Hoje vamos voltar no
tempo e relembrar alguns das dezenas de brinquedos existentes na nossa
infância. Como a maioria dos visitantes do SDR é do sexo masculino, a
predominância de brinquedos será referente a esse sexo ou àqueles que podiam ser
usados indistintamente por meninos ou meninas. Apenas um ou outro se refere
exclusivamente a meninas. Também não vou colocar fotos de carrinhos de
brinquedo, dada a imensa variedade deles. Eram os meus preferidos.
Lembrando que na nossa
infância dispúnhamos de espaço para os folguedos, fosse por morarmos em casas
com quintal, fosse por podermos brincar na rua ou, eventualmente, em alguma
praça próxima. Muitos dos brinquedos antigos não poderiam ser usados
atualmente, eis que a moradia padrão é um "apertamento" e é
totalmente proibitivo brincar na rua, seja por causa do trânsito, seja por
falta absoluta de segurança.
Antes que alguém
reclame, esclareço que esta postagem é só sobre brinquedos passíveis de serem
usados por uma criança isoladamente. Haverá outra postagem só sobre jogos que
exigiam mais de uma criança.
Voltemos agora ao
passado. Peço desculpas pelo tom pessoal que costumo sempre dar a meus relatos.
1) Rema-rema
2) Velocípede e tico-tico
3) Kit de cozinha
4) Servicentro Esso
5) Jipe e trator
O jipe tinha muito mais
saída do que o trator, pelo menos nas cidades. Talvez no interior o trator fosse o preferido.
6) Disco voador
Esse brinquedo me
deixou lembrança triste e eterna. Num Natal, meu tio-avô Cravinho (o nome dele
era Arlindo, e não sei por quais cargas d'água tinha esse apelido) me deu um
brinquedo desses de presente. Havia dois discos no kit. Fui para o quintal,
coloquei um disco na base, puxei o cordel e lá se foi o disco subindo, subindo,
subindo... e caiu em cima do telhado do vizinho, uma casa de dois andares muito
alta. Com menos de um minuto de brincadeira, perdi um dos discos. Sobrou o
outro, e fiquei com muito medo de perdê-lo também. Praticamente encostei o
brinquedo.
7) Bonecas
8) Cinturão com dois revólveres
Na vida há coisas
estranhas: quando criança, eu lia o tempo todo gibis de faroeste, como os do
Roy Rogers, Hopalong Cassidy, Gene Autry, e outros. E sempre pedia um cinturão
com revólver no Natal. Uma vez crescido, seria de se supor que essa preferência
iria se manifestar. Porém, tal não aconteceu: um dos tipos de filme que não me
atrai nem um pouco é justamente o de faroeste.
9) Pequeno Engenheiro
10) Laboratório de química
11) Kits da Revell
12) Bambolê
Acredita-se que o bambolê tenha surgido há pelo menos três mil anos no
Egito. Confeccionados com fios de parreira secos, eram utilizados pelas
crianças que queriam imitar artistas de rua que faziam apresentações de dança
com os bambolês. Entretanto, o brinquedo, tal como o conhecemos hoje, surgiu
apenas em 1958, nos Estados Unidos. A ideia veio de uma viagem à Austrália,
onde os americanos Richard Knerr e Arthur Melin, sócios em uma fábrica de
brinquedos, viram crianças brincando com círculos feitos de bambu. O projeto do
bambolê foi batizado com o nome de “hula hoop” e em menos de quatro meses após
o seu lançamento já havia vendido cerca de 25 milhões de unidades.
O bambolê chegou ao Brasil através da marca
Estrela, no mesmo ano do lançamento nos Estados Unidos. Aqui, finalmente
recebeu o nome Bambolê, devido a uma associação com a palavra “bambolear”, que
significa gingar, rebolar. Vários outros países se renderam à moda do
brinquedo. Porém, em países como a Inglaterra, por exemplo, o bambolê era feito
de madeira ou de metal, o que o tornava perigoso, chegando a ser conhecido como
aro mortal.
Posteriormente o uso do bambolê foi desaconselhado pelos ortopedistas.
Não sei o quanto de verdade há nisso.
13) Polipticon
Eu sempre me interessei
por Astronomia, desde colecionar figurinhas de álbuns a esse respeito até a ler
livros sobre o assunto, já adulto. Depois de II Guerra Mundial, é o meu tema
favorito. Tenho 17 livros a respeito.
Por volta de 1963, a
irmã de um vizinho possuía uma luneta e ele ma emprestou durante alguns meses.
Eu passava tempos no quintal, olhando para as estrelas. Durante o dia, olhava a
encosta do Sumaré, na época ainda visível do quintal lá de casa por não haver
prédios nas imediações. Gostava de ver as torres de TV e a casa do bispo, além
de alguns poucos barracos. Se bem me lembro, só a TV Rio e depois a Excelsior
tinham torres no Sumaré, nessa época. Hoje aquilo é um paliteiro.
14) Pião
15) Ioiô
Não era dos meus preferidos.
16) Forte apache / Soldadinhos de chumbo
Fazia muito sucesso entre a meninada. Na época a TV exibia a série Rin-Tin-Tin, que servia de emulação para o brinquedo.
No caso dos soldadinhos
de chumbo, meu irmão e eu os separávamos em dois grupos (um para ele e outro
para mim), colocávamo-los distantes um do outro no corredor lá de casa, e
usávamos bolas de gude para derrubarmos os soldadinhos um do outro.
17) Carrinho de rolimã
18) Cavalinho de pau
Na casa vizinha à nossa havia um caminho de grama e terra entre o portão de veículos e a garagem. Eu gostava de pegar uma vassoura de pelo e cavalgar nesse caminho, vendo a terra levantar poeira, tal como nos filmes de faroeste.
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BÔNUS -------------
Nessa parte da postagem
descreverei sucintamente alguns "brinquedos" inventados por mim e por
meu irmão e que não fazem parte de nenhum rol, e portanto não há fotos deles.
Espero que os visitantes também façam o mesmo e descrevam os seus.
1) Volante de tampa de panela
Pegávamos as maiores
tampas de panela e as usávamos como se fossem o volante de ônibus. Corríamos
pelo quintal dirigindo o "pesado veículo", evitando trombar com os
bambus que serviam para subir e descer os varais de roupa lavadas por minha
mãe.
2) Rodo a título de ônibus
Os rodos antigos eram
totalmente de madeira e a parte onde havia a borracha era inclinada em relação
ao cabo. Então, fazíamos de conta que essa parte era o parabrisa do ônibus.
Colocávamos o rodo na horizontal, apoiado no ombro direito, e "olhando"
pelo parabrisa conduzíamos nosso ônibus entre os bambus já citados acima,
tomando cuidado para não arranhar a "lataria" neles.
3) Pilotando nave espacial
Na época da corrida
espacial, eu me divertia sozinho assim: pegava um pedaço de tábua, colocava-a
em cima da mesa e punha na tábua uns controles de rádio amador que meu tio
guardava em casa (aqueles redondos e graduados, destinados a mudar a
frequência), colocava fones de ouvido também de rádio amador, botava na cabeça
um boné estilo militar (aqueles que se compra no Carnaval) e lá ia eu pilotando
minha nave espacial pelo Universo afora.
--------------- FIM DA POSTAGEM -------------
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