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sexta-feira, janeiro 20, 2023

 

POT-POURRI DE ANTIGUIDADES

Essa postagem resgata vários itens do passado, sem preocupação com a categoria deles. É um apanhado geral, naturalmente incompleto mas suficiente para nos levar de volta a algumas décadas. Alguns dos itens resistiram ao tempo e ainda podem ser encontrados, mesmo que um tanto diferentes do original. Os itens escolhidos são os de uso popular. Para os visitantes mais sofisticados deste blog, muitos itens serão totalmente desconhecidos.

 

1) AÇÚCAR PÉROLA


Quem não se lembra do famoso bordão "Saco azul, cinta encarnada"? O saco era de papel, na época da foto. A fábrica era em frente à estação ferroviária da Leopoldina. A chaminé espalhava uma fumaça branca, com cheiro de açúcar. Quem se lembra?

 

2) Sabonetes

Tanto a embalagem do Cinta Azul quanto a do Palmolive era de um papel corrugado. O fabricante do Cinta Azul era Carlos Pereira Indústrias Químicas S.A., situada na rua Doutor Rodrigues de Santana, número 31, no bairro de Benfica. Essa rua liga a São Luiz Gonzaga à General Gustavo Cordeiro de Farias. No local, atualmente, existe um grande edifício, com o número 53. Se ele foi construído no local da fábrica, esta era bem grande.

A fabricante do Eucalol era a Perfumaria Myrta, que durante algum tempo patrocinou o programa "Balança-mas-não-cai", da Rádio Nacional. Quando o sabonete foi lançado, o público o rejeitou em virtude de sua cor verde, incomum numa época em que os sabonetes ou eram brancos ou rosa. Depois de algumas tentativas infrutíferas de alavancar as vendas, em 1930 o fabricante teve a ideia de lançar as Estampas Eucalol, seguindo uma moda de sucesso na Europa. Daí em diante foi um sucesso estrondoso. As estampas foram impressas entre 1930 e 1957 e até hoje são itens colecionáveis muito valiosos. Foram lançadas 54 séries, num total de 2.400 estampas. 

O Vale Quanto Pesa já havia saído da minha memória. Foi uma surpresa redescobri-lo durante a confecção desta postagem.


Usei muito o Spree, cujo nome é o de um rio que banha Berlim. O Solis, nem me lembrava mais dele. Redescobri-o ao preparar esta postagem.

 

3) TV's

À esquerda uma Invictus e à direita uma Admiral. A Invictus, fundada pelo ucraniano Bernardo Kokubej, foi a primeira fabricante de TVs em nosso país. Em 1951, ano seguinte ao início das transmissões de TV pela Tupi do Rio de Janeiro, já havia um televisor da marca Invictus no mercado. A Admiral era a marca da TV fabricada pela Springer Admiral, mais conhecida como fabricante de aparelhos de ar condicionado e recentemente comprada pela chinesa Midea. 

A primeira TV da minha família foi uma Philips de 17 polegadas. Infelizmente não encontrei fotos desse modelo na Internet, mas ela se parecia bastante com a Invictus acima. 


Dois televisores Philco: à esquerda o modelo Predilecta, de 1958, e à direita o 3D. Do Predilecta eu me lembro, mas o 3D para mim é novidade. A Philco dominou o mercado de TV durante décadas. Hoje a banda toca para a Samsung e LG. O resto é o resto.


Acima temos uma Emerson e uma Colorado RQ "colorida". Quanto àquele papel celofane pregado no cinescópio, quem não se lembra desse estratagema pueril mas que fazia a alegria da garotada? 

Quando eu era criança nosso vizinho tinha uma Emerson, mas não era o modelo da foto. De vez em quando meu irmão e eu íamos, junto com o filho desse vizinho, ver TV na sala deles.

A Colorado surgiu em 1970. RQ era a abreviação de Reserva de Qualidade, teoricamente um atestado de qualidade do produto. Dizem que o Baú da Felicidade aos poucos foi comprando toda a produção da Colorado, fazendo com que ela paulatinamente deixasse de vender para o varejo. Um dia o Sílvio Santos fez uma proposta de compra da Colorado, o que não foi aceito. Então o Baú deixou de comprar a TV, e como esta havia se afastado totalmente do mercado varejista, a fábrica faliu no início dos anos 1980. Não sei se é verdade essa história.

 

4) GELADEIRAS KELVINATOR e CROSLEY SHELVADOR


Minha tia possuía uma Kelvinator, mas o modelo não era o da foto. Já lá em casa tínhamos uma Crosley Shelvador exatamente igual à da foto, só que de cor branca, posteriormente repintada em azul. Essa geladeira foi comprada de segunda mão pela minha tia, vendida por um chefe dela, em meados dos anos 1950. Ficou conosco até meados da década de 1980, só tendo dado problema uma única vez.

 

5) GRAVADOR DE ROLO AKAI 4000 DS


Famosíssimo na sua época. Qualidade de gravação e reprodução muito boa, segundo constava. O advento das fitas cassette pela Philips "matou" os gravadores de rolo. Porém até certo ponto o tiro saiu pela culatra. O mercado consumidor e industrial se dedicou de corpo e alma às cassette. Um dia, alguns consumidores mais exigentes começaram a se queixar de que a qualidade do som das fitas cassette não era nem perto das de rolo. Só que havia um impedimento técnico para igualar ambos: a largura da fita, que era patenteada pela Philips. Os fabricantes tentaram melhorar a qualidade do som alterando a formulação do material das fitas: originalmente de óxido de ferro, eles tentaram ferricromo, dióxido de cromo e ferro puro. Mas nunca conseguiram igualar a qualidade à das fitas de rolo. O advento dos CD's "matou" as cassette

 

6) SABÕES EM PÓ RINSO e MINERVA


A propaganda do Rinso dizia "Rinso lava mais branco". A briga entre as duas marcas era ferrenha. A Rinso saiu do mercado, mas a Minerva acho que continua até hoje. Atualmente, a OMO domina o segmento, mas outras marcas surgiram, como Tixan, Minuano, Urca, Brilhante, etc.

 

7) Cigarros




Eu nunca fumei. Meu tio costumava fumar Elmo, Luiz XV e Continental. As marcas mostradas nas fotos eram as mais populares.

 

8) LEITES CCPL e VIGOR


Quantas histórias sobre essas garrafas de leite deixadas pelo padeiro na porta de casa, pela manhã cedinho! Antes disso, lá na rua passava um caminhãozinho bem velho, com um tipo de tonel na carroceria e com uma buzina imitando o mugido de uma vaca. Era chamado de vaca leiteira. Quando as pessoas ouviam o mugido saíam de suas casas com recipientes para comprar o leite. O tonel possuía uma torneira através da qual saía o leite. Era batizado? Provavelmente.

O Ronaldo, no seu excelente livro "Portão da Casa Rosa", cita algo muito parecido que ocorria lá em Irajá. Só que ao invés de um caminhãozinho o leiteiro usava uma carroça puxada por burro. Se não me falha a memória.

Agora vou divagar: em 1983 eu estava viajando de carro pelo interior da Nova Zelândia. Cheguei num fim de dia a uma cidadezinha chamada Kurow, na ilha do Sul. Tentei acampar num caravan park na entrada da cidade, mas não havia ninguém na recepção. Desci então ao longo da estrada/rua principal e me deparei com um motel. Parei lá e me dirigi à recepção, que era também a residência do dono do motel. Ele me alugou um quarto, bateu um papo comigo e disse que na manhã seguinte deixaria uma garrafa de leite na porta, pois ele era o motorista do ônibus escolar e sairia bem cedo. Esse ônibus estava estacionado numa rua lateral ao motel.

Dito e feito: na manhã seguinte, abrimos a porta e encontramos uma garrafa de leite de 600 ml.

E não deixa de ser interessante o fato de o dono do motel, teoricamente alguém de posses, ser ao mesmo tempo o motorista do ônibus escolar da cidadezinha.  

Para quem for curioso, o motel ainda está lá, porém bem diferente da época em que ali me hospedei e pode ser visto no link https://tinyurl.com/5n7kkdfn. A casa que servia também de recepção está aqui no link  https://tinyurl.com/yftw32x6.

 

9) Desodorantes

Marcas de desodorantes era o que não faltava. Ainda hoje, a profusão é imensa. Algumas das marcas mostradas nas fotos abaixo sobreviveram até hoje.





Ao longo da minha vida usei vários deles. 

 

10) Eletrola


Dispensa explicações. Havia muitos modelos diferentes. Os rádios costumavam ter três faixas de onda: longas, médias e curtas.

 

11) Rádios de pilha


Quem não se lembra desse famosíssimo rádio de pilha? Acho que foi o primeiro a surgir aqui no Brasil. Minha tia comprou um e quando íamos à praia o levávamos a tiracolo.


Posteriormente minha tia comprou exatamente esse modelo da Kobe Kogyo. Sem tirar nem por. Ele também nos acompanhou muito à praia.

Já minha esposa teve esse modelo acima, só que na cor vermelha.

 

12) Banhas


Nos bons tempos em que a espada de Dâmocles do colesterol e triglicerídeos não estava sobre nossas cabeças, esses produtos eram usados na cozinha.

 

13) Ferros de passar roupa


Minha mãe usou muito esses dois modelos de ferro de passar roupa. O primeiro era a carvão e volta e meia ela o levava até a janela e soprava, não sei bem para quê. O segundo tinha a resistência de mica, e esta volta e meia queimava. Era preciso abrir o ferro para trocá-la. A fiação era de pano e de vez em quando dava problema no contato da tomada com o ferro. O modelo da foto me parece menor do que o usado por minha mãe.

 

14) Cera e escovão


Esse era o terror de meu irmão e de mim. Toda sexta-feira minha mãe ia à feira-livre e nos incumbia de encerar a casa toda. Eram duas salas, três quartos e um longo corredor. Meu irmão e eu passávamos a cera e depois dávamos lustre usando escovões. Um deles era idêntico ao da foto.


Tempos depois foi comprada uma enceradeira Arno idêntica à da foto acima, para nossa alegria. Mas continuávamos tendo de passar a cera. O problema é que depois de algum tempo a enceradeira passou a nos dar choque. Aí foi comprado um modelo parecido, porém mais atualizado.

Para lustrar o chão encerado havia um feltro que era encaixado na escova da enceradeira. Só que esse feltro pulava fora com o giro da escova, obrigando-nos a toda hora desligar a enceradeira e recolocar o feltro. Ô, saco!

Abaixo, foto do feltro.



15) Fora com os mosquitos

Pernilongos são um aborrecimento antigo. Para dar conta deles, a ciência inventou vários apetrechos. Abaixo encontram-se dois deles. Quem não se lembra dessas espirais fumacentas e com cheiro forte?


 

16) Telefones

Na postagem do dia 18/01 deste ano, no meu comentário das 13:52h, citei um telefone antigo existente na casa de uma tia-avó. Se não era igual, era muito parecido com o primeiro da foto acima. Não me lembro se havia dial para discar os números ou se era a magneto. Pela época em que o via, meados da década de 1950, talvez tivesse dial e assim seria parecido com o da segunda foto.


Esses tipos de telefone foram usados durante décadas. O primeiro deles era de parede e foi o que instalaram lá em casa, na Tijuca, em meados da década de 1950. O número era 58-8514, posteriormente 258-8514. Quando nos mudamos para o Engenho Novo, em 1973, o número permaneceu o mesmo, porém já era telefone de mesa (igual ao da segunda foto). Em meados de 1975 o número mudou para 201-1718 e assim ficou até fins de 1998, quando minha mãe se mudou para a Tijuca e cancelou o número.


17) Moedor de carne e ralador de côco/queijo parmesão

O moedor era muito comum nas casas; o ralador, nem tanto. Quantas vezes eu moí carne no nosso amigo aí de cima. Já o segundo lá em casa era mais usado para ralar queijo parmesão. Poucas vezes o usamos para ralar côco.


--------------------  FIM  DA  POSTAGEM ---------------

 

 

 

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