NA
MINHA CASA TINHA. E NA SUA? (3)
Como neste fim de
semana as atenções estarão voltadas para outro assunto, resolvi fazer esta
postagem simples, ainda sobre utensílios e objetos antigos. Aceitei as
lembranças de vários de vocês e acrescentei algumas reminiscências minhas.
SANDUICHEIRA
Só me lembro de ter isso já depois de casado. Tive dois modelos diferentes.
PRATO DECORATIVO
LAMPARINA
FOGAREIRO
O lá de casa era exatamente igual ao da foto. Inclusive quanto à ferrugem.
ESPIRITADEIRA
Não me perguntem a origem desse nome. Tínhamos uma ou duas lá em casa, mas chamávamos de fogareiro de mão.
LAMPIÃO
Também havia vários tipos, os mais antigos a querosene e os mais novos a carbureto. Só tínhamos o modelo a querosene.
ESPANADOR
Apetrecho especializado em jogar a poeira de um lado para outro. Tínhamos um, diferente do modelo da foto. Era maior e as penas também eram diferentes.
ABANADOR
Isso eu tive até sair de casa, em 1998. Usávamos para abanar a churrasqueira pequena. Não sei que fim minha ex deu a ele.
BOMBA
DE FLIT
O modelo da foto é bem antigo e original. Depois surgiram modelos em plástico colorido.
ESPIRAL
e MATA-MOSCAS
Eis a famosa Espiral Sentinela, indispensável na época dos pernilongos. Cheiro muito forte, veneno para os alérgicos. Na embalagem elas vinham encaixadas uma nas outras. Tinham de ser desencaixadas com cuidado, para não quebrarem.
O mata-moscas manual
ainda hoje é vendido, embora haja os modelos a pilha.
RELÓGIOS
DE PAREDE
Havia muitas dezenas de modelos diferentes. As fotos exibem apenas uma amostra deles. Alguns tinham carrilhão para toque a cada 15 minutos ou a cada hora.
RELÓGIOS
DE MESA
O modelo à esquerda era muito comum nas casas. O da direita é um despertador da famosa marca Westclox. Lá em casa havia um exatamente igual à foto. Era usado pela minha avó para acordar às 04:30h, levantar-se, fazer café, comer um pão francês com manteiga, arrumar-se e ir para o trabalho na Lavanderia Alva, na rua Soares Cabral. Para isso ia até a esquina da rua, pegava o bonde 66 – Tijuca, saltava na rua da Carioca, andava a pé até o Tabuleiro da Baiana e lá pegava o 2 – Laranjeiras ou o 3 – Águas Férreas.
Trabalhou na lavanderia
até os 67 anos de idade, quando teve um AVC que não deixou sequelas mas a
afastou do trabalho.
RELÓGIO
CUCO
Havia uma quantidade imensa de modelos diferentes. Em 1998 me hospedei num pequeno hotel em Nova Friburgo cujo dono era suíço e fabricava esse tipo de relógio.
Quando me mudei para a
casa onde moro atualmente, o inquilino anterior havia deixado um falso relógio
cuco (era movido a pilha). Minha mãe e minha tia ficaram com ele, mas minha tia
reclamava do cuco cantando de madrugada. Quando ambas morreram, uma em 2014 e
outra em 2018, o apartamento foi devolvido ao proprietário e não sei que fim o
relógio teve.
BATEDEIRAS
Havia ambas lá em casa, exatamente iguais às da foto.
RETRATO
OVAL
Muito comum nas casas antigas. Lá em casa havia um da minha avó, porém ficava em cima de um camiseiro e não na parede.
RETRATO
DE CRIANÇA
Era comum retratistas ambulantes que batiam nas casas e se ofereciam para tirar fotos dos moradores, normalmente das crianças. Uma vez minha mãe aceitou a oferta e meu irmão e eu fomos fotografados. Eis-me acima, segurando um exemplar da Revista do Rádio, fingindo compenetração na leitura.
QUADROS
RELIGIOSOS
Também muito comuns. A
foto abaixo mostra um do Sagrado Coração de Jesus, incrivelmente parecido com o
que havia lá em casa e que citei ainda outro dia, ao contar sobre o período de loucura
do meu tio. Até a moldura parece a mesma.
Quadros com a Santa Ceia também eram comuns. Havia um lá em casa.
PENICO
Ao que me lembro, havia dois lá em casa: um menor e um maior. Muitos anos depois, por motivos que ninguém imagina e só contarei após cortarem meu pescoço, comprei um de alumínio. Não lembro que fim lhe dei. Acho que quando me casei ele ficou na casa da minha mãe.
TELEFONES
DE MESA
A foto mostra um modelo comum e um a magneto (alguns chamam de “a manivela”). Minha tia possuía um desses comuns. O número era 38-6969.
Quanto ao de magneto,
no período em que íamos a família toda a Angra dos Reis (1959-1970), ficávamos
hospedados num hotel muito chinfrim, de nome Hotel do Comércio, situado na rua
homônima. Uma espelunca. O telefone era a magneto, número “Angra dos Reis 17”.
TELEFONES
DE PAREDE
Nosso primeiro telefone era do tipo de parede, o modelo preto da foto. O número era 58-8514. Ficava dependurado perto da porta de entrada da sala de jantar. Quando minha mãe ligava para o “Angra dos Reis 17” para reservar quartos, a ligação era péssima. A espera da telefonista era de 3 horas. Quando completava, minha mãe berrava a plenos pulmões para conseguir ser ouvida lá no hotel.
Já o telefone de
madeira da foto era muito parecido com o existente na casa de uma tia-avó, que
morava na rua Viscondessa de Pirassununga, 33A no bairro do Estácio.
------- FIM DA
POSTAGEM ------
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